segunda-feira, 16 de maio de 2011

Compreensão da Arte

É visível a preocupação do autor, Hernandez, com as crescentes mudanças que ocorrem na sociedade em que vivemos e como essas mudanças vão exigir outra narrativa por parte dos educadores; mudanças de pensamento que se fazem necessários em ensino de arte. Mudanças também na forma de pensar sobre identidades pessoais e comunitárias, pois são nessas relações de troca, de identidades pessoais e comunitárias que se constrõem.
Ressalto a importância do visual na contemporaneidade e do modo como as representações visuais contribuem para a constituição de maneiras e modos de ser. É preciso ainda conhecer e estudar o contexto onde estão inseridos antes de propor experiências possíveis para esse mesmo contexto.
Deve haver uma aproximação com essas realidades, partindo de uma reconstrução das próprias referências culturais e nos modos de ser, pensar e agir.
O conceito de conhecimento artístico vem sofrendo modificações, e passou a ser analisado como parte fundamental do conhecimento humano principalmente como uma forma de decodificarão e leitura de símbolos culturais, levando em conta tanto a produção das obras de arte como a compreensão dessas. A apreciação estética entendida como uma forma do desenvolvimento cognitivo, pode revela formas socialmente construídas de percepção do belo e a origem de certas referências culturais, que surgem a partir do questionamento e do dialogo sobre obras de arte ou imagens em geral.
Em meio as discussões sobre ensino de arte não poderia faltar as questões da contemporaneidade/pós-modernidade.
É muito importante se refletir sobre o conceito de pós-modernidade, pois isso influenciar todos os campos do saber gerando novos paradigmas no conhecimento. A arte passa a ser a representação de significados culturais e sociais , ganhando um vasto campo para a livre interpretação, já que em um obra de arte não há mais verdades absolutas e tudo dependera do olhar que se lança sobre ela de acordo com o contexto em que se vive.
Interpretação exige do indivíduo buscar em suas experiência pessoais significados que possam ser associados ao que ele esta vendo, essas associações colaboram para que o indivíduo complete o que ele já conhece com o novo conhecimento adquirido de acordo com suas necessidades e seu contexto socio-cultural, tornando-se um ser autônomo capaz de pensar e recriar seu próprio mundo.

PCNs de Artes


As justificativas para a elaboração dos PCN, apresentados no documento introdutório apóiam-se no argumento da necessidade de cumprir compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro, especialmente na Conferência Mundial de Educação para Todos. A elaboração dos PCN responde à necessidade de atender aos dispositivos legais que determinam o estabelecimento de conteúdos mínimos para o ensino fundamental, anos finais, ao mesmo tempo em que representa uma meta de qualidade para este nível de ensino.
Os PCNs apresentam 3 diretrizes básicas para as ações pedagógicas: produzir, apreciar e contextualizar.
Também propõe 4 modalidades artísticas para serem trabalhadas com os alunos: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança.
Os PCNs também servem de grande subsídio na construção dos Planos de Estudos e de Trabalho. Deve ficar que eles não são receitas prontas e sim indicativos a serem seguidos.
Os PCN, não estabelecem uma seqüenciação de conteúdos, deixando o professor com uma grande liberdade (e responsabilidade) nas suas decisões a respeito de como organizar a prática pedagógica.
Há muitas incertezas a respeito das condições materiais e humanas para a efetiva implementação de suas propostas, pois há questões cruciais não definidas, como a qualificação do professor que deverá realizar os Parâmetros para Arte em sala de aula.
A arte é apresentada como área de conhecimento que requer as mesmas demandas que as demais áreas de conhecimentos. Mesmo tendo conhecimento de que nem todas as escolas tem este olhar sobre a arte, e principalmente o pedagógico que geralmente se preocupa com o Português e Matemática, mas temos consciência de que todas sabem que a lei já foi criada, as diretrizes construídas e que inclusive, cada vez mais vêm ganhando espaço.
Os PCN apresentam-se como uma proposta que tem por objetivo responder às necessidades relacionadas com a melhoria da qualidade da educação básica e do desempenho da escola pública brasileira. O enfrentamento e a superação dessa problemática não poderão se dar sem o envolvimento real e a participação plena e efetiva dos diferentes sujeitos sociais interessados na questão educacional.
Concordo com a fala da colega quando diz que “A arte é social e tem que estar fundamentada nos conhecimentos artísticos, para dar importância necessária na escola. Os professores devem proporcionar aos alunos o acesso e contato com os conhecimentos culturais básico para uma prática social viva.”
Embora haja pequenas diferenças no modo de estruturar a exposição, os dois documentos para a área de Arte apresentam na primeira parte uma fundamentação e orientação geral para a área, e na segunda parte as propostas para cada linguagem específica.
O documento para 5a a 8a séries aborda na primeira parte os aspectos gerais: “critérios de avaliação de aprendizagem em Arte” e “orientações para avaliação na área de Arte”. As questões específicas, relativas à avaliação em cada uma das linguagens artísticas, são tratadas nos itens a estas dedicadas, na segunda parte. Por sua vez, o documento para as séries iniciais agrupa todos estes pontos no item “critérios de avaliação”, na segunda parte do texto.
O documentos dos PCN-Arte apresentam, em sua segunda parte, as propostas pedagógicas para cada modalidade artística, além de orientações didáticas para a área de Arte.
As propostas para Artes Visuais, Dança, Música e Teatro trazem cada uma, além de considerações iniciais, tópicos dedicados aos objetivos gerais, conteúdos e critérios de avaliação. Destaco que o nível de ensino são indicados objetivos gerais em cada modalidade artística.
Observei que, apesar de já ter sido traçada, na primeira parte de cada documento, uma proposta para a área de Arte, em termos globais, elementos curriculares são retomados na especificidade de cada linguagem artística.
É bastante complexa e difícil, portanto, a questão dos recursos humanos necessários para uma adequada realização das propostas dos PCN-Arte. E mais ainda quando não podemos deixar de admitir que persistem inúmeros outros problemas prioritários a enfrentar no ensino fundamental, antes que se consiga de fato colocar, em todas as escolas, professores especializados em cada uma das linguagens artísticas.
A idéia de propor uma prática educativa que favoreça a interação dos alunos com os diversos meios de expressão existentes na atualidade é pertinente.
A influência marcante da Proposta Triangular na orientação pedagógica dos PCN, é um dado bastante positivo, uma vez que esta abordagem já vem sendo muito bem discutida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Questionamentos Pertinentes
1. Como manter o interesse nos livros, se as TIC’s estão tomando conta do espaço e tempo de aluno?
As TICS estão inseridas na prática pedagógica como instrumentos na construção do conhecimento de educandos, tendo o professor como mediador deste processo. É preciso o docente estar na busca da formação continuada, estar disposto a aprender e desenvolver metodologias compatíveis com os novos recursos digitais. É preciso ser capaz de superar barreiras, recontextualizar suas aulas, para professor e aluno juntos construírem o conhecimento.
Os métodos conhecidos não precisam ser abandonados, o que haverá será uma integração destes métodos com as formas utilizadas com as novas tecnologias, permitindo ser usada como facilitadora em uma metodologia de ensino participativo.
Mediante este cenário tecnológico, é possível modificar a forma de ensinar e de aprender e chegarmos a um ensinar mais compartilhado, orientado e coordenado pelo professor, mas com ampla participação dos alunos.
Ensina e aprender, exige hoje muito mais flexibilidade pessoal, menos conteúdos fixos com processos mais abertos de pesquisa e de comunicação.
O processo de ler, faz parte da aplicação dos TIC’s, a leitura seja ela de jornais, livros, revistas, enfim, jamais será substituída.
É a criatividade e a capacidade de integrar tecnologias novas e avançadas com outras que jamais perderam seu espaço.
Ler é um dos procedimentos mais importantes para a realização da pesquisa escolar, é não será um dos papéis principais das TIC’s o de facilitador da pesquisa?

2. Nos OAVs e no AVA apesar de uma proposta de interação dos componentes curriculares, algumas áreas não estão contempladas. Haveria possibilidades de um objeto que contemplasse todas, ou ficaria muito disperso, pouco abrangente?
Há sim a possibilidade de contemplar todos componentes curriculares, privilegiando atividades aos educandos com interação com todos componentes contemplados na construção do conhecimento, favorecendo as redes de convivência, possibilitando vivências com culturas de aprendizagem que impliquem em rupturas e interação com as práticas já vivenciadas.
Devemos também oportunizar um espaço de desenvolvimento e de pesquisa com ação-capacitação de forma sistemática.
A construção coletiva , entre os vários componentes curriculares é apresentada enquanto um processo de interação entre os participantes, no qual se vislumbra todos os lados em uma temática apenas.
Num grupo interdisciplinar, a interação entre os participantes reflete as concepções trazidas de seus campos de atuação, o que envolve a forma de trabalhar contemplando assim a elaboração de um pensamento coletivo construído, a partir do conflito entre diferentes pressupostos e interesses.
Ao mesmo tempo em que cada um trabalha com sua especificidade, as decisões sobre o que vai ser feito e a distribuição de tarefas são coletivas. Não se defende a idéia de que todos devem fazer de tudo, tendo em vista que algumas atividades dependem de um sistema de valores específicos de um determinado campo de estudo.
Os participantes devem respeitar os conhecimentos oriundos das diferentes áreas e procurar entender o que está sendo desenvolvido para efetivar trocas e trabalhar em prol de um objetivo comum, buscando refletir sobre experiências de cunho interdisciplinar.

3. Seria possível trabalhar um único projeto interdisciplinar, através de um objeto de aprendizagem, unificando todas as áreas de aprendizagem, de cada educador, como os de 5ª série, em um único projeto, com várias atividades?
Sim, desde uma vez que o planejamento destes educandos possa ser em conjunto. Mas não devemos esquecer que o tema deste objeto de aprendizagem deve ser de interesse do educando e sempre que possível, procurar relacionar com a realidade de cada um.
O tema deve ser bem abordado e explorado, em todos os seus componentes curriculares, os objetivos devem estar bem estabelecidos, as atividades devem ser bem descritas e criativas, além de ter um bom roteiro como norteador do trabalho, tendo em vista o envolvimento de tantas pessoas.
Além de agilizar um trabalho multidisciplinar, estará sendo facilitada a compreensão do conhecimento/conceitos. A clareza da relação com que cada componente vai trabalhar é fundamental.
Inclusive imaginei uma mesma escola, trabalhando o mesmo objeto de aprendizagem, mas cada um com as adaptações necessárias para cada série/ano.

4. Como podemos caracterizar o uso de objetos de aprendizagens nas escolas no contexto atual?
São recursos, muitas vezes digitais, usados para apoiar a aprendizagem, podendo conter elementos simples ou mais sofisticados, desde animações até textos e vídeos.
Pode contem objetos instrucionais e de exploração, onde o educando acaba explorando e descobrindo suas próprias idéias, fazendo assim suas construções.
Noto que, em casos raros, acontecem em salas de aula, e nos laboratórios de informática muitas vezes se perdem ou não tem relação com o tema de sala de aula, acabando com que o objeto se perca e passe a ser só mais uma tentativa.
Objetos de aprendizagem para serem utilizados precisam ter objetivos de aprendizagem bem definidos e ensinar conteúdos dos componentes curriculares aos usuários, e promover o desenvolvimento de estratégias ou habilidades importantes para ampliar as capacidades cognitivas e intelectuais dos alunos

5. Como motivar e capacitar os professores para utilizar novas tecnologias em seus projetos?
Penso que o principal desafio dos professores é o de transformar as aulas tradicionais em aulas com didáticas modernas aliadas com as tecnologias disponíveis e fazer a utilização destas ferramentas de acordo com os conteúdos trabalhados.
A realidade do ensino está muito diferente do que anos atrás e estará muito diferente daqui há alguns anos, por isso, estar atualizado será imprescindível, pois os alunos tem acesso a muita informação e os professores não poderão ser diferentes.
Ambientes virtuais são criados com muita freqüência e educandos e educadores, em seus contextos culturais, devem ser capazes de aprender, de imaginar, de inventar e, finalmente, de fazer evoluir, mesmo que modestamente, as linguagens, as técnicas e as relações sociais. Assim os sujeitos, dentro de seu próprio caminho de aprendizagem , contribuem de maneira criativa para a vida da inteligência.
É fundamental a construção de políticas de inclusão para o reconhecimento da diferença e para desencadear uma revolução conceitual que conceba uma sociedade em que todos devem participar, com direito de igualdade e de acordo com suas especificidades.
As novas tecnologias da informação e da comunicação encerram potencialidades positivas ao contribuírem cada vez mais para a integração de todos os cidadãos, estas evoluções devem estar contempladas nas escolas cada vez com mais ênfase e principalmente nas salas de aula.
A motivação para os educadores deve vir do pressupostos que estas tecnologias são ferramentas que estão vindo com o intuíto de agregar a sua aula, e que não é um bicho de sete cabeças. Poderiam surgir cursos de capacitação em grupos,pesquisas de sites e blogs,investigar o que o educando já sabe e partir daí. Penso que deve ser um componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva.
Também deve ser levado em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias.Podemos ensinar a matemática de uma maneira que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não permitem.

6. Como as novas tecnologias digitais podem ser utilizadas na realidade que encontramos em nossas escolas?
Há inúmeras maneiras de introduzir as tecnologias, em sala, basta o educador improvisar e ser criativo e ter bem claro que não é necessário que esteja em todas as aulas.
Podemos solicitar pesquisas para casa, trabalhar com as propagandas da mídia, desenvolver trabalhos com o uso de fotografias do passado e futuro ensinando os tempos.
Em nossas escolas ainda não possuem ambientes completamente favoráveis a estes tipos de atividades, não significa que não devemos iniciar, que o professor desista de experimentar, de ousar. Os recursos tecnológicos são armas fundamentais para tornar as aulas mais instigantes e apreciadas, ou seja, são formas criativas de ensinar e de educar, construídas dentro das limitações e das condições existentes de cada instituição escolar e no tempo e espaço de cada sala de aula. Não devemos perder a atitude de respeito, de aprendizagem .O fato de se treinar professores em cursos intensivos e de se colocar equipamentos nas escolas não significa que as novas tecnologias serão usadas para melhoria da qualidade do ensino. Só vale levar a tecnologia para a sala de aula se ela estiver a serviço da aprendizagem com sentido efetivo como ampliação do espaço de ensino aprendizagem

7. Quais as vantagens que o professor encontra ao trabalhar com objetos de aprendizagem?
Os objetos de aprendizagem são excelentes complementos às aulas expositivas que, frequentemente, se tornam muito cansativas para os alunos devido o modelo de comunicação, favorecendo a interação e colaboração nas redes de conhecimento, além de poder ser reutilizado em diferentes contextos. Servem também de auxílio aos educadores para a melhoria e o aprimoramento das aulas sendo um agente que aumente a interatividade dos educandos na própria escola, valorizando os saberes e diminuindo o isolamento, motivando assim o aprendizado.
Seu uso pode reduzir o tempo de desenvolvimento, de aprendizagem e de percepção de novas possibilidades, além de estar interagindo com um número grande de pessoas e estar sendo, também, agente de sua própria aprendizagem.

8. Que aspectos relevantes à aprendizagem um softwaer educacional deve apresentar?
Adequação dos conteúdos à realidade do educando, aplicando novas metodologias que incentivem a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem, além de ampliar o desenvolvimento do educando,tornando suas produções compreensíveis e navegáveis, empregando uma linguagem clara e disponibilizando meios de navegação e apropriação da informação desejada. Disponibilizar mecanismos de orientação e ferramentas de navegação que possam estar potencializando a acessibilidade. Também deve proporcionando condições para o desenvolvimento cognitivo e visando a autonomia. O uso de softwares educacionais, mais utilizados são os jogos multimídias, a programação pedagógica, ou seja, existe uma diversidade de softwares que podem ser utilizados no processo aprendizagem, desde que sejam considerados para objetivos pedagógicos. Mas é fundamental conhecer os softwares que pretende

9. Como diagnosticar se os TIC's estão realmente alcançando os objetivos propostos e não apenas sendo aplicados para estar na moda?
Creio que as TIC’s tem como principal função a de promover vida independente e inclusiva. São compostas por recursos e serviços. São estratégias de realizar as atividades propostas, de uma outra forma e dentro de suas potencialidades, ou seja vamos estar lidando com o que o educando consegue realizar e não promovendo atividades apenas pelo ato de oferecer algo.
Através dos TIC’s, o educando passa da condição, muitas vezes de apenas estar inserido em uma realidade, passando a fazer parte desta realidade, interagindo como os demais educandos.
Ressalto que não basta apenas usar as TAs e sim usar com atividades criativas, significativas, envolventes para que estes educandos tenham vontade, que consigam realizações significativas para suas vidas.

10. O objeto de aprendizagem se refere apenas à tecnologia?
Objetos de Aprendizagens,(AO), são instrumentos que educadores podem disponibilizar que venha a agregar no processo de ensino aprendizagem dos educandos. As tecnologias digitais muitas vezes acabam tendo recursos que chamam mais e dão mais entusiasmo aos educandos, mas há também muitas sugestões que podem ser retiradas das tecnologias como blogs, internet, site educativos, entre outros que são sugestões com materiais que não necessitam usar as ferramentas tecnológicas, aqui me referindo a internet, pois as maquinas de xeros também considero como tecnologia.
Objeto de Aprendizagem é qualquer recurso que possa ser utilizado ou reutilizado para ser mais um suporte a aprendizagem. A principal função é ismuisar o conteúdo educacional em pequenos trechos que possam ser utilizados em vários momentos, bem como adaptáveis a qualquer momento também.
Os Objetos de Aprendizagem utilizam-se de imagens, documentos arquivos de texto ou hipertexto, dentre outros. Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto.
Há objetos virtuais de aprendizagens, estes sim se referem apenas as tecnologias educacionais que tem a finalidade a aplicação no ambiente educacional, a partir das novas tecnologias aplicadas a educação a aplicação direta de aulas interativas, na forma de animações e simulações, sejam elas através de animações, textos,jogos, entre outros.


Acredito que as Tecnologias tem auxiliado sim e muito nos processos de ensino aprendizagem, mas também penso que é preciso ter iniciativa e ousadias, para que vários processos de aprendizagem possam ser disponibilizados, sem medos nem receios.

Lembro de alguns anos atrás, minha mãe era professora na Educação de Jovens e Adultos(foi uma das pioneiras), na rede municipal de São Leopoldo, não me recordo bem qual a situação, mas enfim, ela e seus alunos fizeram contato com uma turma de EJA, na Bahia. Trocaram várias cartas com suas experiências de culturas e numa destas cartas, trocaram receitas. Os educandos da Bahia fizeram nosso famoso carreteiro e ela e seus alunos fizeram aqui uma comida típica da Bahia, que também não me recordo qual foi.

Tiraram fotos, fizeram relatórios da experiência e a troca entre eles continuou um bom tempo.

Cresci vendo crianças e adultos aprendendo vivendo suas vidas e tendo experiências, valorizando tudo que é possível.

Penso que um espaço físico bem amplo seria muito bom, tendo em vista que o espaço das salas de aula é tomado por classes e cadeiras, em sua grande maioria.

Um blog para que eles pudessem olhar suas produções, postar, visitar, enfim, ser um agente de criação e ação além da troca que seria possível com os demais blogs.

Impares matérias e acessórios para que pudéssemos criar inúmeras atividades.

Uma sala de aula sem classes, sem muros, sem limitações, o limite seria o respeito entre todos e a vontade de estar neste ambiente.

Na minha sala de aula permito o uso de telefone, afinal de contas, o modo de usar um telefone também é uma aprendizagem de vida e muito útil. A calculadora também uso em muitos casos, os educandos sabem apenas somar e diminuir e não sabem usufruir os demais serviços que uma calculadora disponibiliza.

A questão do email também uso, pois a maioria de meus educandos tem computador e internet em casa, assim estou sempre em contato com os pais tanto quanto com os alunos.

Em prática mesmo o que seria uma sala de aula ideal, no meu ponto de vista, seria um computador para cada um e acessos entre si, um dataschow, mas não deixaria de lado caderno, lápis, borracha, enfim, os materiais escolares, pois penso que estes não podem nem devem ser substituídos na vida escolar, principalmente os livros que foram e sempre são ferramentas indispensáveis em qualquer sala de aula. Não me refiro a livros didáticos mas sim livros literários.

A disponibilidade de computadores portáteis pessoais cria-se um conjunto de oportunidades que permite pensar em cenários de aprendizagem diversos – mantendo sempre a idéia muito latente, de que a parte importante deste esforço é a dimensão pedagógica e não a dimensão tecnológica.

O aproveitamento pedagógico, com as TICs e outras tecnologias, é oportuno, desde uma vez que se possa reverter positivamente a favor das aprendizagens dos alunos. Isto não significa apenas integrar os computadores em atividades curriculares específicas mas inclui também procurar criar ambientes de aprendizagem estimulantes, abertos, que apelem à autonomia e responsabilidade dos alunos e ao assumir um papel ativo, por parte dos mesmos nas suas aprendizagens e nas aprendizagens dos colegas – e em que os computadores constituem recursos de trabalho que potenciam a colaboração e a partilha.

























Bandeira Branca


Ao ler os artigos sobre a obra “Bandeira Branca Amor”, olhar vídeos da construção/montagem da obra e o artigo de Nuno Ramos, penso que a imprensa deu sua visão, com foco apenas nos Urubus sem dar a mínima importância para a obra em si.

Não houve nenhum debruçamento sobre a obra, apenas a visão de que os Urubus estavam sendo mal tratados. O que chama muito a atenção pois Nuno estava com a mesma obra(não com a amplitude da Bienal), ou seja, uma obra na qual já vinha usando os Urubus e até então nada foi dito quem dirá feito. Ou será que os ambientalistas não sabiam da existência desta obra anteriormente, nem a imprensa?

Penso que a difamação trouxe um foco a mais sobre Nuno Ramos, mas não sobre a obra, que passaram lotados, ninguém questionou qual a visão do autor, ou mesmo a visão do público. Não percebi nenhum artista se posicionando contra ou a favor.

Simplesmente a questão toda ficou na questão Urubus, se eram alimentados, se estavam bem, se tinha muito barulho, até houve preocupação com as fezes das aves.

A visão da obra ficou em um plano singular, que até então foi abafada. Aliás na real mesmo penso que esta obra serviu como escudo para tapar outras obras que estavam em exposição e que poderiam atrapalhar o momento político em que o país estava(eleições). E a imprensa serviu como manipuladora desta questão.

Noto que cada dia mais o artista tem menos autonomia de criar livremente, ou de expor sua opinião. Digamos que a liberdade de expressão esta mascarada e não acontece efetivamente, pois aos poucos podemos ver que todos podem se manifestar sobre determinada obra e pronto, a justiça funciona bem rapidinho, a imprensa divulga que é uma maravilha e todo mundo discute e dá sua opinião.
Exploração da Mulher


O estudo e analise, a exploração da mulher, procura  mostrar, cada vez o estereotipo de mulher magra, branca além de padronizarem a beleza.

Há vários valores e sentimentos que podem ser construídos, entre eles: mulheres bonitas devem ser assim; beber é normal; bebida trás felicidade? usar pouca roupa é normal e bonito, entre outros.

As estratégias vão de comerciais fantasiosos até cartazes, outdoors e propagandas em revistas.

Tudo passou a fazer parte da escola, tudo é educação e a televisão é, talvez, a escola mais poderosa de um país. E a televisão brasileira mostra o que, de alguma forma, nós somos. Auto-estima baixa, pouca leitura, muitos analfabetos, muita miséria, muita fome. E o que podemos fazer por nós mesmos? Segundo a televisão, nada.

Podemos apenas esperar a sorte, o grande lance, a grande ajuda do apresentador de bom coração. O que a televisão brasileira vem nos ensinando é reforçar um pensamento forjado durante a escravidão e perpetuado até os nossos dias.

Esse jeito de se fazer televisão é um jeito de tratar o telespectador como aquele que não é levado a sério, como uma criança que não tem suas opiniões. Somos tratados pela televisão como carentes em potencial. Somos carentes de inteligência, de vontades, de dinheiro, carentes de segurança. Temos medo da violência e não acreditamos nos políticos porque são todos corruptos. O tempo inteiro a televisão nos diz: vocês não sabem, vocês não são. E o que é feito? Nada

A televisão poderia participar dessa educação, realizando programas não apenas ditos “educativos” mas oferecendo programas que convocassem a criatividade de cada um. Quando somos criativos, descobrimos o nosso lugar no mundo, o que nos diferencia de todos as outras pessoas.

Cada pessoa que nasce, nasce com ela todas as possibilidades, a partir dela tudo é possível. Esse é o poder de cada um. Os humilhados são convencidos de que nunca serão capazes disso.

Grande parte das reclamações dos professores se refere a falta de interesse dos alunos em relação às aulas. Fora da escola as fontes de informação são, na maioria das vezes muito mais atrativas e interagíveis (Internet, Televisão, Rádio, Revistas,etc.).

A escola precisa, mais do que nunca, tornar-se mais atraente e moderna, acompanhando as tecnologias. Tornar as aulas mais dinâmicas, utilizando recursos simples como: rádio (músicas que a garotada gosta), vídeo (documentários, programas de televisão), jornais e revistas (notícias atuais), facilitam a aprendizagem, pois envolvem elementos do cotidiano dos alunos. Sempre que possível, procuro variar minhas aulas utilizando recursos da mídia, e percebo um maior envolvimento e interesse das crianças.

A escola assim, deixa de ser um lugar chato, ultrapassado, para se tornar um local de verdadeira aprendizagem, onde a construção do conhecimento acompanha o desenvolvimento da sociedade em que está inserida.

Para interpretar o mundo a escola é um agente social fundamental, mas não único.

Para trabalhar as propagandas escolhidas, devemos colocar os educandos como agentes e fazer provocações para que se colcoquem na condição, deste comercial, ou que possam ver com outros olhos o que a mensagem quer dizer.

Como por exemplo indagar se é habitual, na família dos educandos, que a mãe ou a irmã se dispam ao girar intencional de uma garrafa de cerveja? É moralmente legítimo que alguém saia agredindo os outros por não tomar determinado refrigerante? Se os pais dos alunos não têm o padrão televisivo de beleza, como foi que suas famílias nasceram? Que critério os uniu? Como podem ter a permissão para a proliferação de outros espécimes que enfeiam e desequilibram a harmonia estética vigente?